Conheça a nossa história
Camilo de Lellis foi um italiano nascido em 1550, quando seus pais já estavam em idade avançada. Ficou órfão cedo e virou soldado, mas, antes de dedicar sua vida a Deus, entregou-se aos prazeres e vícios. Durante esse período, também teve uma ferida no pé que o acompanhou em toda a sua jornada.
Um dia, enquanto passava fome e frio, foi acolhido no convento dos Capuchinhos, local onde passou a trabalhar. Durante uma atividade externa, já em 2 de fevereiro de 1575, Camilo caiu do animal que o transportava e, diante desse fato e com profundo arrependimento, converteu-se a Deus.
Devido à ferida no pé, Camilo de Lellis não pôde permanecer no convento e, assim, seguiu seu caminho para o Hospital São Tiago, em Roma, onde passou a ajudar nos cuidados com os doentes, compreendendo a importante missão de Deus para ele: servir os enfermos como se fossem o próprio Cristo crucificado.
Em 1582, em Roma, foi fundada a Ordem dos Ministros dos Enfermos – Camilianos, por São Camilo de Lellis. Como grande missão, a instituição buscou se dedicar à cura dos enfermos, tendo em vista o amor de Deus para com o próximo, promovendo saúde e bem-estar ao ser humano. E, alguns séculos depois, essa história seria expandida para o Brasil.
A vinda dos primeiros Camilianos ao País remete à cidade italiana de Roma, ao final de junho de 1922, quando o Pe. Inocente Radrizzani e o Pe. Eugênio Dallagiacoma foram indicados para exercer uma importante função no distante Brasil: fundar a Colônia dos Filhos de São Camilo, na cidade de Mariana (MG).
A data de saída na Itália foi em 29 de agosto de 1922 e o desembarque, em Niterói (RJ), ocorreu em 15 de setembro do mesmo ano. Nesse dia, ambos se dirigiram para Mariana, sendo acolhidos por Vigário Capitular, bispo-auxiliar local. No entanto, menos de uma semana depois, Pe. Radrizzani entendeu que a cidade mineira não era o local ideal para a fundação da Colônia, assim como a cidade carioca. E, com o apoio do Pe. Alfredo Mecca, secretário do Arcebispo de São Paulo, foi convidado à capital paulista para se encontrar com o Arcebispo D. Duarte Leopoldo.
Em São Paulo (SP), Pe. Radrizzani entendeu que havia grandes oportunidades para o tão sonhado início de sua missão, o que também fez o Pe. Eugênio Dallagiacoma deixar Mariana e se dirigir à capital paulista. Dessa forma, após a cessão da capelania do Hospital Humberto I, da colônia italiana, pelos frades capuchinhos, em 15 de novembro de 1923, os Camilianos conseguiram germinar, em solo brasileiro, o trabalho de São Camilo de Lellis.
Nesse mesmo período, foi cedido pelo Arcebispo D. Duarte Leopoldo e Silva outro terreno voltado às atividades Camilianas, na região do Jaçanã, também em São Paulo, local onde em princípio foi erguida uma pequena igreja; depois, foi ampliada para uma Paróquia Hospitalar, já em 25 de abril de 1930. Nesse ínterim, outro local foi cedido pelo Arcebispo: um terreno na Vila Pompeia contendo capela, uma escola primária e pequenas dependências.
Assim, em 1928, nessa terra fértil, Pe. Inocente Radrizzani fundou o Consultório Médico São Camilo, no começo um pequeno centro de assistência à população carente da região, cujo atendimento era feito por médicos voluntários. Em 1929, ele regressou à Itália para assumir uma missão Provincial e voltou à Vila Pompeia em 1935, quando edificou a Policlínica São Camilo, com o apoio e a arrecadação de donativos pelas Damas de São Camilo, um grupo de mulheres da comunidade.
Já em 1936, Pe. Radrizzani encontrou uma colônia italiana em Iomerê (SC), onde abriu o Seminário Menor, permanecendo no local até 1937, quando retornou mais uma vez a São Paulo para erguer a Casa do Noviciado. Ainda nesse cenário de transformações, seguiu até o Rio de Janeiro para assumir duas capelanias e comprou, também, um terreno onde está, atualmente, o Santuário São Camilo. Em 1941, deu início ao planejamento da construção de um hospital na Vila Pompeia, cujas obras começaram em 1946.
Nesse ano nasceu a Província Camiliana Brasileira, em que Pe. Inocente Radrizzani foi escolhido como Provincial, permanecendo nessa missão até 1947. Nos anos seguintes, continuou seu trabalho de dedicação para com o próximo e, em 1959, celebrou seus 50 anos de Ordenação Sacerdotal.
Já em 1960, após anos de obras, foi inaugurada a unidade hospitalar na Pompeia. Com muita dedicação e trabalho incansável, seus dirigentes conciliaram a preservação dos valores caridosos e humanos de São Camilo de Lellis com a constante incorporação de avanços tecnológicos e científicos, tornando o agora Hospital São Camilo – Pompeia uma referência em atendimento em São Paulo.
Atualmente, as Entidades Camilianas administram Hospitais, Centros Médicos, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), Centros Universitários, Centros de Educação Infantil (CEIs), Centros para Crianças e Adolescentes (CCA) e Centros de Juventude (CJ), que estão distribuídos nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
As bases de nosso Estatuto contemplam os seguintes objetivos:
- Prestar assistência à saúde e a quantos buscarem seus serviços, sem distinção de nacionalidade, raça, credo, opinião política ou qualquer outra condição;
- Desenvolver atividades educacionais na área religiosa e da Saúde, podendo, para tanto, fundar e manter escolas, faculdades e outros cursos e franqueá-los a quem de direito os procurar; elaborar e editar material didático relacionado com suas finalidades estatutárias;
- Prestar serviços de assistência social ao menor, por meio de creches e maternais.
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